Meus últimos filmes assistidos...

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Hello People!
Faz bastante tempo que não faço um post sobre filmes que tenho assistido, então resolvi tirar um tempinho para listar 5 dos últimos filmes que eu assisti e curti, e espero que curtam também, quase todos eles estão disponiveis na netflix, então aproveite um domingão de preguiça para adiciona-los a biblioteca mental de filmes assistidos

Quero começar com um daqueles filmes inocentes, com fotografia encantadora, e temática simples... nada de surpresas históricas, mas envolvente...


Existem alguns filmes que carregam consigo aquela magia ao contar uma história. Poderiam ser animações, mais fácil de brincar com o lúdico e despertar a criança que existe dentro de nós, mas não, são filmes, com cenários e pessoas reais. Ainda assim consegue ser tão encantador quanto um desenho animado.

Pouquíssimos diretores possuem essa distinta habilidade, pois não se trata apenas de contar uma simples história de criança para outra criança (que mesmo assim, nem é tão simples) e sim, conseguir contar uma história do ponto de vista de uma criança para um adulto. E mais, fazê-lo se encantar por esse universo tão especial que só uma criança sabe criar. Algo que o diretor francês Jean-Pierre Jeunet soube fazer e muito bem.

T.S. Spivet é um menino de 10 anos que mora com seus pais e irmã em uma fazenda nos arredores de Montana, nos EUA. Seu pai está preso na década de 70, pois se considera um verdadeiro caubói, com direito a botas, chapéu, fala arrastada e tudo mais o que engloba esse mundo. Sua mãe, a Dr. Clair é uma cientista que pesquisa o comportamento migratório de determinadas espécies de insetos. Já sua irmã Gracie, adora menosprezá-lo e sonha em ser uma grande artista, como toda adolescente. A família de T.S. é bem normal, exceto por ele mesmo, já que o menino é um verdadeiro prodígio e também, por conta de um recente incidente envolvendo seu irmão gêmeo. Mesmo com sua pouca idade e a baixa estatura T.S. possui uma mente brilhante, capaz de elaborar os mais complexos gráficos e encontrar soluções para problemas que nem os adultos sabem resolver, como a máquina do movimento perpétuo, um desafio matemático de séculos. Após enviar seu projeto da máquina para o Smithsonian, ele recebe uma ligação o parabenizando, pois o Instituto construiu a máquina, ela funciona e agora, ele precisa ir até Washington para receber um prêmio. Mas, como um menino de 10 anos vai fazer para ir até Washington? E assim damos início a Uma Viagem Extraordinária.

Há muito que ser comentado sobre esse filme, mas seria impossível não começar falando sobre o ator mirim Kyle Catlett que simplesmente arrebenta. Esta é sua primeira empreitada cinematográfica, tendo atuado apenas no seriado The Following e se continuar assim, certamente irá longe. O próprio Jean-Pierre confessou em entrevistas ter ficado abismado com o enorme talento do menino, que se dedicou muito ao papel, pois é a sua narração cativante, as expressões infantis e ao mesmo tempo compenetradas, sua serenidade que contribuíram e muito para o espetáculo que é esse filme. Outra pessoa que merece ser parabenizada é Helena Bonham Carter. A atriz, que é mais conhecida por seus papéis bizarros, está quase irreconhecível como uma mãe de fala suave, maquiagem delicada e roupas simples. As suas cenas com Catlett são ótimas, os dois possuem um entrosamento genuíno assim como a química com todo o restante do elenco.

Não se enganem achando que é um filme infantil, muito pelo contrário. A temática abordada por Jeunet possui um teor muito mais adulto do que aparenta. Mas, essa confusão momentânea se deve a fotografia de Thomas Hardmeier que é incrivelmente vívida e transforma o filme por completo, pois mesmo cheio de cores, sendo possível notar todos os detalhes em cena, o figurino dos atores e as paisagens, somos aos poucos apresentados a questão real da trama, mas, de uma forma tão sutil que ainda assim tem um certo impacto sobre o espectador.

Fonte: http://www.planocritico.com/critica-uma-viagem-extraordinaria/










Frank para mim foi um achado, sabe aquele filme por qual você não dá nada? Pois bem, frank era um desses que eu via  acapa pelo netflix e relutava em clicar, mas não me arrependo e tenho indicado a alguns amigos, apesar de bem indie eu achei bem envolvente...

Alguns podem pensar em Frank (idem, 2014) somente como o filme em que Michael Fassbender atua usando uma cabeça gigante de papel machê, mas o longa de Lenny Abrahamson está longe de ser reduzível a esse detalhe excêntrico. Existe um grande coração pulsando nessa história em que as notas musicais servem de fundo para letras divertidas e inesperadas, fruto das composições do personagem-título, vocalista de uma banda à qual o jovem e inexperiente Jon (Domhnall Gleeson) se integra. Típico garoto cheio de sonhos, ele tem sua grande chance quando o tecladista oficial da banda sofre um colapso nervoso e não tem mais condições de tocar. Uma vez apresentando ao líder nada convencional do quarteto remanescente, logo ele percebe que a dinâmica existente ali reflete a personalidade incomum de Frank. Ou seria um encontro bem-sucedido entre loucos que já tinham suas manias?

Disposto a levar o grupo ao estrelato por acreditar no potencial de todos, Jon acaba por modificar essa tal dinâmica, e quem menos se mostra aberta à sua entrada definitiva na banda é Clara (Maggie Gylenhaal), que diz sem a menor cerimônia que ele não é bem-vindo ali. A normalidade de Jon contrasta com as esquisitices dos demais e, de certa forma, ele representa o olhar do espectador comum para aquela reunião de tipos improváveis, trazendo questionamentos que os outros já superaram há muito tempo, como a motivação que leva Frank a usar o tempo todo a tal cabeça. Apesar desse contraste, Jon está decidido a fazer por onde ser totalmente aceito e acaba contagiado pela maluquice beleza do grupo. Nesse sentido, há um bom espaço destinado aos coadjuvantes, que deitam e rolam com a possibilidade de brincar em cena e revelam que nem só de Fassbender se compõe Frank.

Aliás, o protagonismo da história é dividido entre ele e Gleeson, que tem a seu favor o fato de ainda ser um rosto semidesconhecido do grande público, o que injeta frescor à sua atuação na medida. Quem já assistiu a ele em Questão de Tempo (About Time, 2013) sabe de sua capacidade de parecer gente como a gente sem demonstrar muito esforço na empreitada. Sua ruivice natural é um charme a mais e um detalhe que o torna diferente da maioria, já que não é toda hora que vemos atores com cabelos alaranjados naturais por aí, além de funcionar bem para o personagem. Outro destaque forte do elenco Scott McNairy, sensacional na pele de Don, uma espécie de mestre de cerimônias que descortina o cotidiano cheio de rituais do grupo. Sua maior esquisitice é revelada a Jon por Frank: a tara por fazer sexo com manequins. Lá pelas tantas, ele reflete essa preferência bizarra em uma canção que compôs, um misto de doideira com poesia – a primeira, pelo conteúdo da letra; a segunda, pela maravilhosa melodia.

Para além da compilação de elementos que arrancam boas risadas, Frank também sabe fazer uso do drama, reunindo sequências de adorável ternura, sobretudo na meia hora final, quando o roteiro de Jon Ronson e Peter Straughan aponta que cada um se entende na própria bagunça. A propósito, a bagunça está nos olhos de quem a vê. Para o “bagunceiro”, pode estar tudo muito bem organizado, e Jon leva um tempo para entender essa máxima que vale para muitos casos da vida. É quando o longa mostra que a delimitação tradicional de gêneros cinematográficos é insuficiente para encapar as boas histórias, que transitam por eles com desenvoltura e refletem um ecletismo que está contido na realidade. Por falar em realidade, a base para a história é a vida do humorista inglês Chris Sievey, que adotou o pseudônimo Frank Sidebottom e realmente usava uma cabeça gigante cobrindo o rosto. Portanto, estamos diante de um clássico caso de arte imitando a vida.

Entre os críticos, Frank foi bastante elogiado, e carimbou seu passaporte para o universo indie sendo exibido no Festival de Sundance. O maior atrativo da produção, Fassbender, acabou sendo aproveitado de uma maneira singular, o que obrigou o ator a interpretar o personagem quase o tempo inteiro sem expressões faciais, sendo apenas voz, tronco e membros. Digamos que foi um artifício inteligente de Abrahamson, cuja carreira formada por quatro longas-metragens de Cinema se revela promissora a julgar por esse trabalho. Por vezes, pode soar deslocado em uma contemporaneidade assinalada pelo cinismo, que procura a piada oculta onde há simplesmente carinho. É uma hipótese a ser considerada para justificar o desdém de alguns espectadores. Os clichês eventuais não depõem contra o conjunto, porque bem trabalhados e absorvidos pela narrativa, encerrada ao som da arrebatadora I Love You All, com vocação para aderir à memória por um bom tempo.

Fonte: https://cinemadetalhado.com.br/2014/09/resenha-de-filme-frank.html










Eu não sei por que demorei tanto a assistir esse filme, precisou de um strike no netflix para eu assisti-lo na integra no youtube, mas curti bastante

Falar em transexualidade em 2016 é difícil. Identidade de gênero é um assunto complexo demais em uma  sociedade que matou mais de  600 transexuais nos últimos 6 anos. Porém, cada vez mais, a transfobia, a transexualidade, a travestilidade tornam-se pauta de discussões acerca de direitos civis, sociais e afins. Aos poucos, muitas vitórias se conseguem: universidades passam a reconhecer os nomes sociais de seus alunos, o sistema público de saúde garante a cirurgia de mudança de sexo àqueles que querem fazê-la e, num momento histórico para a televisão, uma artista transexual é indicada ao Emmy, o prêmio mais importante do ramo. Mas abordar o assunto no início do século passado era ainda mais difícil e, além de haver 0 menções a essas questões na sociedade em geral, pouco se sabia sobre o assunto, incluindo a citada cirurgia de readequação sexual. Porém, a dinamarquesa Lili Elbe tornou-se um grande nome por ter sido uma das primeiras transexuais operadas de quem se tem registro.

A garota dinamarquesa alicia vikander eddie redmayneAdaptação cinematográfica do livro de mesmo nome, A Garota Dinamarquesa narra a história de LIli e sua descoberta, aceitação e transição como uma mulher transexual. Einar Wegener – identidade de batismo da moça – era um notório pintor dinamarquês que fez certa fama pela Europa durante a década de 1910 e era casado com a bela e também artista Gerda Gottlieb, sua parceira por toda a vida. A identificação de Einar como mulher começou quando sua esposa, precisando finalizar um quadro, pediu ao marido que vestisse as meias e os sapatos da modelo, que não compareceria no dia em questão. Foi esse o momento chave em que Einar percebeu que não era Einar, e sim, outra pessoa, e começou então a se vestir como mulher e adotar o nome de Lili para, anos depois, submeter-se a uma série de cirurgias que a tornariam, em suas própria palavras, “mulher por completo”.

Protagonizado por Eddie Redmayne e Alicia Vikander, o filme foi dirigido pelo premiado Tom Hopper, que já levou um Oscar para casa com o “O Discurso do Rei” e fez deste um trabalho tendencioso, mas ainda satisfatório. Prendendo-se mais a história narrada por David Ebershoff no livro homônimo do que a história relatada nos vários artigos sobre a trajetória de Lili, Hopper nos transportou muito que bem para a Copenhague de 1920, atentando-se a pequenos detalhes da época e utilizando os mais diversos recursos que tornassem a narrativa mais real, seja com o uso de uma fotografia mais gélida – transparecendo não só o frio europeu, como também a melancolia da história –, seja a atenção dada a caracterização dos personagens e locais. Não é o trabalho mais marcante da carreira do diretor, mas mostra que quando trata-se de adaptações biográficas, Tom tem talento mais que o suficiente.

Por outro lado, é inegável que a grande pérola do filme é o time de atores, em especial a dupla de protagonistas, ambos indicados ao Oscar deste ano. Eddie Redmayne, que venceu o prêmio de Melhor ator no Oscar de 2015 por “A Teoria de Tudo”, entrega mais uma vez uma atuação plausível. Em meio as críticas pela escolha de um ator não-trans (cis) para o papel principal, o inglês entrega um dos seus trabalhos mais admiráveis. Introspectivo quando precisou ser, feminino ao extremo quando necessário e absurdamente dedicado ao trabalho (chegou até a emagrecer para o papel), Ed mostra-se um dos atores mais admiráveis de sua leva e, ainda que não leve o prêmio de melhor ator no Oscar, pode sentir-se orgulhoso ao extremo com seu trabalho. Não seria surpresa vê-lo subindo ao palco da premiação mais uma vez, não necessariamente esse ano.

Mas a estrela máxima do filme é, sem dúvidas, Alicia Vikander. A atriz, já admirada em 2015 pelo papel da criatura robótica Ava em Ex Machina, interpreta com muito calor Gerda, e ofusca até mesmo as transformações de Eddie nas cenas (diversas) que divide com o ator. Ela chora, ri, sensibiliza-se com a luta de Lili e, em meio a todos os seus problemas pessoais, coloca seu amor em primeiro lugar, e se não fosse o trabalho mais do que excepcional de Alicia, toda essa emoção que torna o filme tão intenso não teria sido o suficiente para torná-lo memorável. As chances da moça levar o careca dourado de melhor atriz coadjuvante podem não ser das mais altas, mas a sueca mostra-se merecedora do prêmio e de muito mais atenção por parte de Hollywood. Atuar um filme de Tom Hopper com Eddie Redmayne protagonizando uma transexual e conseguir colocar-se a frente disto é feito mais que admirável para uma artista de apenas 27 anos.

A garota dinamarquesa eddie redmayne alicia vikanderAinda assim, o filme tem lá seus problemas, principalmente no roteiro. A história, contada basicamente sob a perspectiva de Gerda, é romantizada demais e escorrega em alguns momentos por mostrar uma versão bem “enxuta” de uma história nitidamente complexa e cheia de reviravoltas. Chega a ser, em alguns momentos, previsível e cansativa, principalmente no final, ao prolongar-se demais nas cirurgias de Lili. Porém, ainda que de forma “Hollywoodiana” demais, é interessante e gratificante ver um time de roteiristas empenhados em levar uma história dessas para as telonas, principalmente depois de anos e anos estudando e trabalhando o projeto.

Mas esses problemas não diminuem a beleza que há em A Garota Dinamarquesa. Entre os figurinos belíssimos e a maquiagem impecável, há dois atores jovens e talentosos que fazem do filme uma bela pedida não só para os admiradores da sétima arte, como também os interessados na vida de uma das mais intrigantes figuras transexuais que se tem registro. Entre transformações, chororôs e muito glamour, Lili Elbe tem sua história contada de uma forma admirável e o filme se mostra mais um importante marco na visibilidade dos transexuais por todo o mundo. De Lili Elbe a Laverne Cox, Caitlyn Jenner, Rogéria e Nany People, da Dinamarca aos Estados Unidos e ao Brasil, é um filme que deve ser assistido, apreciado e admirado. A Garota Dinamarquesa narra a vida não só de uma figura emblemática, mas de certa forma, a ainda dura realidade das milhares de pessoas que passam por inúmeros problemas todos os dias por serem simplesmente quem são. Ela é Dinamarquesa, mas também brasileira e global e o filme, ainda que não tenha sido o principal intuito dos produtores, nos faz refletir um pouco sobre essa dura realidade.

http://www.mazeblog.com.br/resenha-com-atuacoes-brilhantes-transexualidade-e-pauta-de-garota-dinamarquesa/










Mais um achado no youtube.. faz um tempão que filmes de terror não entram na minha lista por que eu não tenho curtido nem um pouco os estilos de filmes lançados, apesar de esse estar mais para terror psicologico, eu acabei gostando bastante...

De cara somos informados que na década de 80, uma onda de rituais satânicos apavora a população americana e que esse filme é baseado em fatos reais. A trama aqui, na verdade, se passa em 1990 na cidade de Hoyer, Minnesota. O engodo começa quando um cara se entrega à polícia local alegando que abusa sexualmente de sua filha, mas que não se lembra disso. A vítima, Angela Grey (Emma Watson), fugiu de casa, mora na igreja e enviou uma denúncia escrita na qual ela descreve os estupros sofridos. Mesmo sem lembrar, o homem não nega as acusações.

Diante amnésia do suspeito, o detetive Bruce Kenner (Ethan Hawke) decide que precisa de um psicólogo pra ajudá-lo com o caso, e é aí que entra o Professor Kenneth Raines (David Thewlis) que acredita que o método de regressão seja a única maneira de despertar essas tais memórias reprimidas por parte do pai agressor. A merda começa a feder quando logo na primeira sessão, o suspeito confesso começa realmente a se lembrar de uma das suas visitas ao quarto da garota. Só que além de ambos, tinha mais alguém no quarto: um policial do departamento.

De agora em diante, a cada depoimento de Angela (Watson), o caso ganha elementos cabulosos como rituais satânicos, orgias, canibalismo, etc. A medida em que tudo vai ficando mais sinistro, o cético detetive começa a ficar afetado com o caso e começa a cogitar a presença do Diabo na treta toda. A quimica entre Bruce e Kenneth funciona muito bem. Tanto Ethan Hawke quanto David Thewlis nos conferem carisma pelos seus personagens. Já Emma Watson, ao contrário da bruxinha cheia de atitude que todos conhecem, está numa atuação mais contida e necessária ao drama da pobre Angela.

Anemámbar (Os Outros, Abra los Ojos, Thesis) sabe conduzir a trama de forma exemplar. O jogo constante de dúvida e paranoia lembra clássicos como O Bebê de Rosemary (1968) e O Homem de Palha (1973), por exemplo. Quanto mais informações o detetive Kenner coleta, mais cabuloso o caso fica. Claro que o belo visual, com suas cores fortes em ambientes sombrios e úmidos, concebido pelo diretor de fotografia Daniel Aranyó ajuda muito. Vale destacar também a trilha sonora criada por Roque Baños que, mesmo não chamando a atenção para si com melodias chicletes, sutilmente fica na cabeça.

Apesar dos elogios, temos um tropeço bobo. Em certo momento, um pôster de uma banda de Black Metal polonesa chamada Behemoth ganha destaque em cena por alguns segundos.
– Sim, mas qual o problema,  Faz sentido, não?
– Faria, se o filme não se passasse em 1990, fera.
Só pra constar, a foto em questão é de 2013/14 e essa banda se formou em 1991.


Temas como o poder de sugestão, histeria coletiva, satanismo, o medo que a mídia espalha, etc, são uma constante durante todo o enredo. Mas talvez, ironicamente, o grande problema de Regression seja que, por ser tão bem construído e nos levar à paranoia junto com o protagonista, tudo leva à uma conclusão que soa brochante e acaba nos fazendo lembrar do aviso inicial de que tudo aqui se trata de fatos reais. Um pena que aquela nostalgia boa dos clássicos não dure tanto.

No fim das contas, mesmo aceitando o seu desfecho sem sal, não dá pra negar que um pouco de dualidade não faria mal algum. Pelo contrário, enriqueceria a obra e não me faria chegar a triste conclusão que estamos falando de um bom filme que – mesmo contando com um belo roteiro, grande elenco e um diretor de peso – será facilmente esquecido.

https://tocaoterror.com/2016/02/05/resenha-regression-201516/




Okay, esse filme eu não assisti recentemente, mas fazia tempo que eu queria colocar ele aqui, então chegou a hora... amantes de black metal, metal extremo, goticismo, prepare-se para se apaixonar pelos personagens e pela fotografia!

Irmã (Little Sister), filme que estreou nesta quinta-feira (06/10), começa com uma citação de Marilyn Mason e uma fotografia sombria como um longa de terror. A trilha sonora vagueia entre o rock e sons um tanto quanto psicóticos enquanto uma noviça resolve visitar a família após e-mail de sua mãe dizendo que seu irmão estava de volta da guerra do Iraque. Ao chegar em casa, seu quarto com crucifixos de cabeça para baixo das épocas de sua fase gótica continua inalterado. Seus pais continuam usando drogas e sua mãe, em especial, é daquelas pessoas que preferem transferir a culpa por tudo o que acontece ao seu redor aos outros.

Respire e tome ar porque ainda tem mais espaço para o drama.

Ela não consegue resolver todas as pendências emocionais e, a contragosto de sua madre superiora, pede mais tempo para se resolver. Isso lhe dá tempo para tentar resgatar a vida social de seu irmão que se recusa a sair do quarto após estar perto da morte e ter o rosto desfigurado por queimadura. Sua primeira ressaca surge exatamente nesse período.

Se todos esses componentes parecem trazer uma colcha de retalhos mal construída, surpreenda-se com um filme sensível abordando os meandros que a vida nos apresenta. Não parece muito claro se Colleen (a noviça) estrelada por Addison Timlin entra na vida religiosa por fuga ou convicção, mas assim é a vida por muitas vezes. Jacob, seu irmão desfigurado, é interpretado por Keith Poulson. E por mais cinéfilo que seja, não o reconheceria.

Irmã é um filme norte-americano com pegada europeia. Uma boa pedida para quem não é chegado no ritmo frenético de Hollywood.

Fonte: https://www.blahcultural.com/critica-irma-e-boa-pedida-para-quem-nao-e-chegado-no-ritmo-frenetico-de-hollywood/




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