Dica de filmes - 5 filmes sobre bandas de rock

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Olá pessoal,
O fim de semana está chegando, e é hora das nossas dicas de filme, para quem vai passar o final de semana em casa, ou para quem vai acordar no dia seguinte com aquela ressaca monstra sem querer ver a luz do sol, ou até para você que está deprimido demais para viver pelo fato de todos seus amigos estarem no rock in rio, e você não.
O ultimo post sobre filmes com a temática rock fez tanto sucesso que resolvi enveredar para estes lados novamente, e hoje trago para vocês dicas de 5 filmes que assisti inspirados em bandas, e lha só, passei essa semana doente, então deu pra ver bastante coisa "nova" pra minha biblioteca mental de filmes
Vamos aos filmes de hoje

1 - LAST DAYS - ULTIMOS DIAS

Kurt Cobain teve uma morte chocante e rodeada de mistérios que duram até hoje, logo surgiram diversos documentários e filmes inspirados em sua vida, e obviamente em sua morte. Este filme não é para ser assistido numa visão de fã de kurt cobain e sua banda, mas numa visão metafisica  sobre degradação e morte. Eu lembro que na época do lançamento desse filme foi um bafafá, por que todos sabemos os barracos que a senhora Cobain, Courtney love, faz a cada filme não autorizado, assim o filme não leva o nome de kurt, o personagem principal leva o nome de Blake, interpretado pelo meu ator favorito, Michael Pitt. O filme é de Gus Van Sant, e vem de uma trilogia de filmes sobre a morte, o que enfatiza a fotografia depressiva do filme, mostrando Blake como um personagem isolado, decadente e fraco. O filme é um pouco confuso, extramamente poético, mas acredito que vale a pena ser assistido, mas para melhor entendimento, recomendo o texto abaixo:


“Last Days” lida com temas abstractos e metafísicos, encerrando a Trilogia da Morte de Gus Van Sant, iniciada com “Gerry” e secundada por “Elephant”. Em “Gerry”, a morte é acidental, causada pela despreocupação. Dois amigos deambulam pelo deserto, perdem-se e nunca mais são encontrados. Em “Elephant”, a morte é apresentada como um assassínio deliberado, mas sem significado. Dois amigos elaboram um plano para matar estudantes e professores da sua escola e acabam igualmente aniquilados. Agora em “Last Days”, a morte imerge uma personagem cujo frágil ego é incapaz de se identificar com os cânones da existência.
Na sociedade contemporânea, a morte de uma personalidade famosa é alvo de uma intensa análise especializada, onde são decifrados motivos, causas, origens e disposições com uma tremenda facilidade. Van Sant foge aos alarmantes arquétipos e perpetua um longo estudo silencioso. Vários livros e documentários foram apresentados, mas nenhum atinge o artístico e sonhador “Last Days”, uma meditação existencial sobre Kurt Cobain.
A sua cadência glaciar irá ser abominada pela audiência comum. Consigo contar pelos dedos da mão, os espectadores que irão reverenciar a qualidade hipnótica e poética desta viagem fascinante à torturada psique de um indivíduo. “Last Days” apodera-se do ícone de Kurt Cobain num filme sobre solidão, desespero, alienação, depressão e futilidade. A aproximação oblíqua e elíptica de Van Sant, bem como o ritmo lento, irão desesperar um número copioso de espectadores convencionais. Mas o que significa realmente movimento? Será algo que apenas conseguimos constatar através dos saltos, das mudanças abruptas de ângulos, numa frenética edição com mais cortes que a face de Eduardo Mãos-de-Tesoura? Van Sant tem uma visão mística da vida e expõe o quotidiano de um ser humano, no qual o mais subtil acto representa uma iniciação ritual. As actividades de Blake representam de certa forma as nossas acções quotidianas, enquanto nos encaminhamos para o inexorável fim.


A manipulação do audiovisual por Van Sant é fenomenal. Os planos meticulosos, a ambígua e bela edição, o som intrincado e o imaginário religioso adornam esta Obra-Prima. A fusão de realismo com sentimentos e fantasia é distinguida pelo engenho de Van Sant no tratamento da imagem, onde é auxiliado pelo belo trabalho fotográfico de Harris Savides. O estilo visual evoca o extremismo de alguns realizadores europeus e asiáticos, incluindo o húngaro Béla Tarr (admitida fonte de inspiração para Gus Van Sant, responsável por “Sátántangó” e “Kárhozat”, por exemplo), o grego Theo Angelopoulos e o asiático Hou Hsiao-hsien. O filme também evoca “Dead Man” de Jim Jarmusch, cujo enigmático herói se chamava William Blake.
A música derrama raiva, desespero, sofrimento e sede de morte. A enraivecida primeira música, “That Day”, acompanha um ténue movimento de câmara e reflexos de folhas açoitadas pelo vento que lhe incutem uma portentosa energia subsónica. Enquanto a segunda, “Death to Birth”, guarnece um dos momentos mais plangentes do filme. Blake senta-se e expira uma poderosa e moribunda canção, descobrindo pavorosamente que nem a sua música consegue provocar um impacto na sua essência.
A iconologia religiosa encontra-se cuidadosamente dispersa, desde um simbólico baptismo inicial, ao vulto de Blake que ostenta aquela imagem propalada de Cristo, passando pela aparição de dois Mormons e uma peculiar ascensão que também evoca um marco na história do Rock: “Stairway to Heaven”, dos Led Zeppelin.
Blake vagueia numa espécie de purgatório particular. Assistimos ao crepúsculo da sua alma, enquanto a escuridão assola lentamente o seu âmago. Seres flutuam como fantasmas, entrando e saindo da sua casa, completamente ignorados por Blake. Ele evita todos, desvanecendo paulatinamente deste mundo, sugado pelo seu vórtice interior. Van Sant adopta uma clínica observação distante dos eventos, permitindo que a audiência desemaranhe individualmente o nó que ata o mistério da personalidade humana, respectivas motivações e simbologia enigmática. Que se encontrará na caixa que Blake desenterra? Drogas, balas? Qual o significado do nome Blake? Sendo uma clara alusão ao poeta William Blake do século 18, cuja esposa proferiu: «A companhia de Mr. Blake é quase nula. Ele encontra-se sempre no Paraíso».



Um dos temas que o filme aborda é o isolamento e assim como ninguém se consegue aproximar de Blake no filme, também nós o observamos de longe. Van Sant e Savides isolam Blake, filmando-o distanciadamente com mestria e permitindo cogitações individuais na audiência. Os comentários da estrela rock são vagos murmúrios e um dos poucos perceptíveis funciona como um autêntico mantra: “I lost something on my way to wherever I am today”. O enviesado sentido de interior e exterior, fomenta a concepção de um autêntico limbo.
“Last Days” não expõe como nem porque morreu Cobain, mas incita a reflexão sobre como a morte poderá estar associada a uma época onde a espiritualidade almeja cinicamente multidões. A sociedade amamentou jovens que não vivem satisfeitos com a sua existência. Por múltiplos e diversos seres que os circundem, a solidão é uma condição inquebrantável. Nada consegue dissipar o espesso nevoeiro gerado pelo profundo tormento interior. São adolescentes que pelo menos uma vez na vida, ambicionam desaparecer e apesar da morte física não surgir, algo perece no âmago do indivíduo. Jovens que se prostram no leito dos seus quartos, ensopados numa brutal depressão, ansiando pelo derradeiro beijo da morte.
"Last Days” captura imaculadamente a facilidade do tombo num trágico abismo de depressão, solidão, desespero e abuso de drogas, no qual malogradas almas jazem. Entretanto, o Sol ainda desponta no horizonte, a brisa ainda afaga a folhagem das árvores, os pássaros celebram uma nova
alvorada chilreando e a vida continua. Gus Van Sant alcançou um sublime Nirvana.

fonte: http://pasmosfiltrados.blogspot.com.br/2005/10/last-days-de-gus-van-sant.html


2 - STONED - A HISTÓRIA SECRETA DOS ROLLING STONES


Esse foi um dos filmes que veio para meu acervo mental essa semana, tenho que confessar que ando com um dedo bom para filmes, esse eu realmente gostei muito, pois mostra o começo do Rolling stone, pela vida do seu fundador, que num periodo de sete anos foi do chão, ao topo, para então ruir e voltar, não mais para o chão, mas para o fundo do poço.

É impossível falar em Brian Jones sem se afundar na imagem que foi criada ao redor do músico inglês. Artista, estrela pop, ícone da moda, mulherengo e pioneiro da contracultura – Brian Jones foi tudo isto e mais. Durante os sete curtos anos da sua brilhante ascensão para o estrelado e fatídica queda, 1962 – 1969, tornou-se uma lenda da música – criando a mais notável banda de rock n’roll, os Rolling Stones. O engraçado em observar esses filmes de rockstar, é que sempre tem uma mulher no meio, que direta ou indiretamente, faz parte de sua ruina, com Brian não foi diferente, tendo  o amor levado ao consumo excessivo de drogas, a dependencia física e emocional evidente, que não o fez ver o que se passava ao seu redor. Um fato muito  interessante é que na época sua morte foi declarada acidental, porém muitos anos depois, em seu leito de morte o assassino confessou a autoria do crime, que enreda a trama do filme, como diria o investigador do caso kurt cobain "Quer se livrar de um crime, assassine um viciado, todos dirão que foi suicidio ou acidente pelas drogas". O filme deixa a parte musical e se prende já a parte mais degradante, o que também não agrada muito aos fãs, mas eu particularmente gostei.



A coisa mais importante que se deve ter em mente antes de encarar “Stoned” é que o filme não tenta se aproximar da verdade, apenas escolhe uma das muitas teorias já existentes para explicar o afogamento do roqueiro, na piscina da mansão onde morada, em 3 de julho de 1969. Ao optar por não filmar uma biografia completa do músico e narrar apenas os dias que antecederam a morte, o cineasta inglês perde de vista a objetividade e fracassa na tentativa de construir um personagem com a vulnerabilidade e as contradições de um ser humano comum. É o maior erro de “Stoned”.

O personagem que emerge da tela, à parte a excelente trabalho de reconstituição de época realizado pelo diretor (figurinos e cenários são reconstituídos de maneira impecável), é um mito, e não um homem. Brian Jones era, na visão de Wooley, um homem confuso e mentalmente instável, cujo talento e espírito de liderança foram progressivamente minados pela quantidade descomunal de drogas e bebida que ingeria. O outro grande personagem da trama é Frank Thorogood (Paddy Considine), construtor que trabalhava numa reforma para Jones e estava na casa na noite em que ele morreu. Mas o retrato de Frank, um ex-alcoólatra em recuperação, também é superficial.

Aquilo que “Stoned” tem de melhor é o visual exuberante, especialmente nos flashbacks que irrompem na história de quando em quando, as cenas no Marrocos, por exemplo, são muito legais. Infelizmente, os méritos ficam por aí. Stephen Wooley não tem nenhum pudor em explorar a nudez feminina, especialmente da bela Monet Mazur, intérprete de uma Pallenberg surpreendentemente conservadora e hesitante. Há grande número de seqüências de sexo, fotografadas com os clichês de um pornô softcore de segunda categoria (leia-se câmeras à luz de uma lareira qualquer e corpos nus se enroscando em coreografias que escondem, estrategicamente, a genitália dos atores). O todo é bem fraco.

Para terminar, a distribuidora Lumière, responsável pelo lançamento do filme no Brasil, também não economizou no oportunismo. Primeiro, escolheu um subtítulo nacional não apenas inadequado, mas mentiroso, pois as aparições dos outros integrantes dos Stones se resumem a pequenas pontas, sem falar que nem uma única canção da banda está na trilha sonora. Ainda por cima, a Lumière esperou para lançar a obra no Brasil no rastro da passagem barulhenta dos Stones pelo Brasil, em fevereiro de 2006.

Fonte http://musica.divulgueconteudo.com/247409-dica-de-filme-11-stoned-a-historia-secreta-dos-rolling-stones


3 - THE DOORS


Sem duvidas de todos os filmes assistidos essa semana, que foram muitos, esse foi meu favorito, já vou começar com a imagem da minha cena favorita ilustrando esse post, todo aquele mito do Shamã que acompanhava Jim Morrison durante seus shows, e que Jim fazia suas danças com ele no palco, foi transmitida em uma belissima cena, com uma fotografia memorável. O filme é baseado na história de Jim, apesar de que o seu inicio de relacionamento com a Pam Morrison ter sido mostrado em tom de especulação pois, segundo a biografia do tecladistada banda, o casal se conheceu em 1965, durante um show, e não na lendaria cena de Kim a seguindo até em casa, com seus poemas e suas musicas, dignos de um cara que eu me apaixonaria se conhecesse. Pam aparece com uma figura importante, mas é um casal totalmente louco e controverso, cheia de traições, brigas e fatos inusitados, mas no final, sempre juntos. Pam morrison morreu 3 anos depois de Jim, sua morte não foi documentada nesse filme, mas ela se entregou as drogas e ao caos depois que ele foi encontrado por ela, morto, no apartamento do casal, em Paris. Pam foi reconhecida como união estável de Jim Morrison depois de sua morte, a pedido dos pais da moça, mas mesmo antes disso já tinha herdado toda sua fortuna.
A trilha sonora também é um show a parte, incluindo musicas de rock psicodelico muito bem encaixadas, como uma linda cena com a musica "White Rabbit" do Jefferson's airplane.



Oliver Stone é diretor, roteirista, cronista e historiador especializado na década de 60, segundo ele: “esta foi à década de fortes turbulências”, Stone afirmava que a década começou em 63 com a morte de John Kennedy, e isto foi retratado no seu filme JFK, que foi incluído em quinto lugar na lista dos 25 filmes mais controversos de todos os tempos. Stone ganhou três Oscars, por Expresso da Meia Noite, Platoon e Nascido em 4 de Julho.
Por gostar bastante de fazer filmes que causem alguma polêmica, alguns críticos acusam Stone de ser um teórico da conspiração e que os seus filmes manipulam os espectadores, mas apesar disso muitos consideram também que Stone é considerado um dos melhores realizadores de Hollywood e também o mais controverso.

Após a morte de Jim Morrison em 1971 toda sua obra foi dividida em dois grupos representantes legais, de um lado havia os três integrantes restantes do The Doors (Manzarek, Krieger e Densmore) que possuíam os direitos legais das músicas, do outro lado havia Pamela Courson (namorada de Jim) que herdou todos os escritos e poemas que ele vinha trabalhando. Depois da morte de Pam, em 1974, os pais dela herdaram estes escritos que ficaram conhecidos como lost writings (textos perdidos).
Stone já alimentava a ideia de fazer um filme sobre o The Doors desde 1984, após a leitura do livro No One Here Gets Out Alive, livro básico sobre Jim Morrison e a história do grupo The Doors. Muitas restrições foram impostas para Stone após a ideia de gravar o filme, os pais de Pam, que haviam herdado os poemas e escritos, negaram qualquer permissão para usá-los no filme. Também contrariando Stone, o próprio pai de Jim pediu para que não fizesse filme algum sobre seu filho, pois poderia vir a manchar ainda mais a sua imagem.



Boa parte do roteiro do filme foi baseado em entrevistas com cerca de 20 pessoas próximas a Jim. O filme The Doors foi lançado em 1° de março de 1991, exatamente 22 anos depois do concerto em Miame em 1969, onde Jim saiu de si juntamente com o público e foi condenado por obscenidade, consumo de droga, etc. Para quem gosta do grupo e principalmente para quem conhecia mais profundamente a personalidade e a obra de Jim Morrison, se decepcionou bastante com o enredo pobre que mostra Jim constantemente vivendo a base de alucinógenos e álcool, totalmente depressivo e autodestrutivo, assim como não é mostrada a união que havia entre os membros do grupo. Sem contar o Jim como a figura Dionisíaca ao extremo, o deus do sexo e das drogas, que havia a constante necessidade de “levantar” seu espírito como um xamâ ao entrar em transe para assim hipnotizar multidões.
É inútil procurar a verdadeira alma de Jim, o poeta intelectual que começou a ler obras de grandes escritores com apenas 13 anos, fica difícil saber quando ele teria tempo para ler Nietzsche, T.S. Eliot, Rimbaud, Baudelaire, Blake e Shakespeare ou até mesmo quando ele teria escrito e publicado seus poemas.

Na ocasião do lançamento do filme, Ray Manzarek, tecladista e membro fundador da banda, detestou o que viu. “Stone fez Morrison parecer um tarado. Jim era muito mais inteligente, sensível e artístico, muito mais do que a estranha e superficial ideia que Stone exibiu. É um mau retrato do meu amigo”. Manzarek ainda sintetizou que “nós nos divertimos muito e tivemos ótimos momentos juntos” agora assista a The Doors, o filme e perceba como Stone coloca a relação da banda em queda descendente, com a ridícula exceção de uma “reunião final” onde os músicos dizem que adoraram tocar com o "Rei Lagarto" e ele se despede.



Após o lançamento do filme a crítica americana se apresentou bastante desfavorável, porém a crítica de Paris, Roma e Londres foram bem mais acolhedoras. Por si só Stone é conhecido como um diretor polêmico, não estou aqui limpando sua imagem perante a direção do filme, apena quis mostrar uma questão histórica que pouquíssimos conhecem em relação a elaboração do filme The Doors, o porquê da ausência de Jim Morrison como um dos mais célebres poeta do rock and roll.
Podemos concluir com estes dados históricos que se Oliver Stone tivesse acesso a toda obra literária de Morrison, que a família de Pam lhe negou qualquer aceso, o filme poderia ter sido melhor e muito bem aceito pelo público apreciador do grupo, é principalmente para os fãs do “Rei lagarto”. Stone deu a seguinte declaração para uma revista logo que começaram as gravações do filme: “Se meu filme for um fracasso, ele poderia ter sido salvo se tivesse podido usar os poemas”.
Para quem quiser conhecer a obra literária de Jim: A obra “literária” de Jim Morrison está hoje contida em dois volumes bilíngues, editados na França

Fonte: http://lounge.obviousmag.org/itinerario_interno/2013/01/the-doors-oliver-stone-por-que-tanto-decadentismo.html#ixzz3m2LtF2VP

4 - CONTROL - Um filme sobre Ian Curtis


Este filme é otimo para quem quer entender um pouco do mundo post punk  seus famosos  clubs e bandas que influência o movimento Dark até hoje. O filme é concentrado na vida pessoal e Ian curtis, vocalista da banda Joy division, e mostra suas diversas fases, desde seu trabalho numa agência, seu casamento precoce, a luta contra a epilipsia e seu triangulo amoroso que o levou ao suicídio. Ian teve uma vida curta, suicidando-se aos 23 anos, uma vida cheia de pressões e duvidas.


Joy Division foi uma das bandas mais importantes da história do rock. Famosa por suas letras depressivas e claustrofóbicas com melodias bastante densas. Tudo isso fez da banda uma das mais adoradas da história do rock. Mas o que marcou fortemente sua história foi com toda certeza seu vocalista: Ian Curtis. De personalidade forte, totalmente introspectivo e vivendo em seu próprio mundo, Ian foi a personificação de pessoas problemáticas que vivem em uma realidade particular, como Sid Vicious, Kurt Cobain entre outros. Desde jovem mostrou-se um jovem revoltado que escrevia poemas bastante melancólicos e adorava rock, especialmente David Bowie e Iggy Pop. Mas como transpor para as telas toda a vida tumultuada de problemas e solidão que Curtis levou? É esse desafio que o diretor Anton Corbijn aceitou realizar em seu filme “Control – A História de Ian Curtis (Control, 2007)”.
Conhecido por realizar clipes musicais como Personal Jesus do Depeche Mode e Heart-Shaped Box do Nirvana, Anton realizou um filme primoroso. Primeiramente na escolha de filmar toda a película em P&B o que nos mostra como Ian vê seu mundo: sem brilho e totalmente depressivo. Isso funciona como um espelho da personalidade do vocalista. Outro ponto positivo da escolha desse tipo de filmagem combinado a fotografia do filme foi em colocar o personagem sempre nas partes escuras da tela, mostrando novamente um reflexo da sua personalidade.
O roteiro aposta em mostrar a carreira do músico desde quando conheceu os outros integrantes da banda até sua morte prematura aos 23 anos. Em diversos momentos o que vemos projetado na tela são os monólogos de Ian, poemas seus e conversas que mantém com si mesmo. É justamente aí que residem os melhores momentos do filme, pois são em cenas como essa que nos aprofundamos na sua alma e nos colocamos como um “psicólogo”, prestes a ouvir todo o desabafo do personagem. Os seus pensamentos demonstram suas tristezas, problemas que enfrenta e mais do que tudo isso, a forma como ele percebe o mundo. É como se entrássemos na cabeça do vocalista. Assim como outras cinebiografias já existentes que apostam em mostrar os problemas do passado de determinada pessoa para justificar seus atos no presente, essa se diferencia também nesse aspecto. Toda a personalidade e atitudes diferenciadas de Curtis são justificadas nos seus problemas presentes e não em traumas infantis ou juvenis. Por isso mesmo o filme consegue escapar da zona de filmes biográficos que se tornam clichês.



Grande parte da beleza do filme é graças ao roteiro e a direção como já foi dito. Mas o que falta para filmes biográficos conseguirem atingir seu objetivo é algo óbvio: um ator que interprete com vigor todas as faces do artista a ser retratado nas telas. É nesse critério que entra o nome mais importante do filme: Sam Riley. O ator/músico foi a “cereja em cima do bolo” que faltava para que esse filme se tornasse o que se tornou. Sua interpretação do músico é impecável, conseguindo captar toda a aura psicológica extremamente densa que era a personalidade de Ian Curtis. Ele tem momentos primorosos ao longo do filme que vão desde os monólogos já ditos, passando pelas brigas que mantinha com sua esposa até os ataques de epilepsia que o músico sofria. Ainda em relação aos atores vale ressaltar a boa interpretação dos coadjuvantes. Os outros músicos da banda (Bernard Summer, Peter Hook e Stephen Morris), estão bem representados e visualmente muito parecidos com os verdadeiros.
Mesmo para os que não conhecem a banda é um ótimo filme para vir a conhecer seu trabalho e apreciar um ótimo filme inglês; um cinema que vem ganhando cada vez mais público e respeito da crítica. Para os que já conhecem, vale a pena se emocionar em ver a história do vocalista tão bem contada e realizada nas telas.

Fonte; http://1filme.net/control-a-historia-de-ian-curtis-2007/


5 - Johnny & June


É claro que não poderia deixar de aparecer um Johnny Cash em nosa lista rock n'roll, um filme simples que conta a história de Cash desde sua infância, marcada pela tragédia, brigas familiares, casamento fracassado, drogas, e é claro, seu amor que foi sua salvação por June. Um filme onde ninguém é herói ou vilão, apenas sguindo a narrativa, misturando bem a  exploração do lado musical com a vida pessoal do protagonista



“Johnny e June” (Walk The Line), um romance biográfico que retrata a vida do cantor Johnny Cash desde sua infância, passando pelo tempo de serviço militar, seu casamento com Vivian, sua luta (difícil e a princípio infrutífera) para se tornar cantor em Memphis, a chegada do sucesso nas turnês com Elvis, Jerry Lee Lewis e June Carter e seu problema com as drogas.

Baseado no livro de Johnny Cash e Patrick Carr, o roteiro foi escrito por Gill Dennis e James Mangold (este também dirigiu o filme) foca não apenas no romance (também bem complicado) de Johnny Cash e June Carter, mas em como ele compõe suas músicas. Cada canção que Cash escrevia se referia a episódios de sua vida, o que torna a narrativa bem amarrada e super interessante. É incrível também perceber o lado humano de Cash, que ora é um incorrigível bad boy viciado, ora tentava ser bom moço para conquistar o coração de June. Outro detalhe interessante é notar como ele não tinha preconceito com criminosos e se preocupava com a vida dos presos, que lhe escreviam cartas provenientes de várias prisões.

Mas uma biografia nunca é boa se não apresentar em seu elenco grandes atores capazes de entenderem sua importância e construírem personagens incríveis e, principalmente, verdadeiros! As escolhas para os papeis principais foram, a meu ver, ousadas. Joaquin Phoenix foi escolhido para interpretar  Johnny Cash, enquanto Reese Witherspoon teve a missão de dar vida a June Carter no cinema.
Phoenix já possuía em seu currículo grande experiência em dramas e estava acostumado a ser protagonista. Já havia sido indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante quando interpretou o imperador romano Lúcio Aurélio Cómodos, no premiadíssimo “Gladiador” (Gladiator, 2000), vencedor de 5 Oscars, incluindo o de melhor filme. “Contos Proibidos do Marquês de Sade”, “Sinais”, “A Vila”, “Hotel Ruanda” e “Brigada 49” também são filmes densos, que colocaram a prova o talento dramático do ator antes de estrelar “Johnny e June”. E só para você ver como a música influenciou Phoenix, recentemente ele anunciou sua aposentadoria do cinema para se dedicar a sua carreira musical, iniciada durante a produção deste filme. Vale lembrar que ele ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator – Comédia/Musical e o Grammy de Melhor Trilha Sonora de Filme, ambos por “Johnny e June”.
No entanto, a escolha de Witherspoon para interpretar June Carter surpreendeu, pois a então mais bem paga de Hollywood só alcançou a fama ao protagonizar a sátira sobre os preconceitos que pesam sobre uma loira ingênua e superdotada, defensora dos animais, sempre vestida com roupas cor-de-rosa, nas comédias “Legalmente Loira” (Legally Blonde, 2001) e “Legalmente Loira 2” (Legally Blonde 2, 2003). Apesar da aparente “inexperiência” no gênero, a atriz foi aclamada pela crítica em sua performance como June, que resultou nos prêmios de Melhor Atriz no Oscar, Globo de Ouro – Comédia/Musical, Prêmio Screen Actors Guild, BAFTA, Satellite Award – Comédia/Musical e no Critics Choice Awards. Foi longe a loirinha (neste de cabelo castanho)?



Enfim, “Johnny e June” é um filme excelente, que retrata de forma primorosa a vida de Johnny Cash sem transformá-lo em herói ou vilão. A história apenas foi fiel ao que ele foi, como deve ser todas as biografias.

Fonte: http://cinemacao.com/2014/05/21/johnny-e-june/#sthash.oDJto408.dpuf


É  isso ai pessoal, o post de hoje ficou bem mais extenso do que o da semana passada, pois quando se fala de filme com inspiração biográfica é bom deixar referências bem explicativas, pois temos que entender que sempre tem m dedinho de "visão de fã" no meio, de como o diretor pensa que deveria ter sido. No ultimo post de filmes, da semana passada, tem duas dicas preciosas de filmes inspirado em bandas também: Montage of heck e Jimmi, tudo ao meu favor, que merecem também ser assistidos
Quem quiser deixar dicas de filmes nos comentários é muito bem vindo
até proximo final de semana  com mais dicas de filmes
beijão

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