Filmes para quem ama viajar (e se perder para se reencontrar)

12:03



A quase um ano atras eu estava no meu primeiro mochilão para fora do país, ontem era a data exata que eu embarcaria para meu segundo mochilão, a europa, mas que deido a problemas pessoais, tive que cancelar as passagens e segurar o facho no Brasil mais um tempinho.
Confesso que bateu a depressão, pois o espirito wonderlust em mim já está me cutucando, querendo colcar a mochila nas costas e pegar a estrada, estou indo para Capitolio, minas gerais em março e em abril para bonito- mato grosso e encomendei uma camera espotiva para poder registrar essas pequenas viagens enquanto não me mando pra fora de novo.
Pra matar a saudade da estrada (ou aumentar ainda mais), separei alguns filmes para quem ama viajar, dos mais "pesados" aos mais leves

Espero que gostem!



Wildlike:


O filme conta a história de Mackenzie, uma adolescente que é enviada pela sua mãe para passar o verão no Alasca com o seu tio. Durante as férias o tio de Mackenzie percebe que sua pequena sobrinha já está com corpo de mulher e começa a abusar da menina.

Cansada dos abusos constantes ela foge da casa do tio e nessa fuga ela passar por muitas aventuras, muitos contratempos e conhece um viajante com quem ela acaba criando um elo de amizade e dividindo segredos.

Wildlike é um filme com um tema pesado, mas que não soube muito bem abordar o tema. Eu senti o tempo todo que estava faltando algo no filme, não sei se foi porque a história parecia um pouco absurda, infelizmente não a parte do abuso, mas sim a parte em que uma menina de 14 anos fica viajando sozinha pelo Alasca.

O que mais me chamou atenção no filme foi forma que eles abordaram o abuso da Mackenzie, me achem estranha, mas eu acho importante que as crianças saibam que esse tipo de coisa é errada e que devem contar para alguém o que está acontecendo e esse filme mostra como a culpa pode afetar uma criança que sofre abuso. Outra coisa importante foi mostrar que o abuso foi feito por alguém da família, alguém muito próximo, não sei se vocês sabem, mas os índices de ocorrência desse tipo de crime é em sua maioria realizado por pessoas próximas e parentes então fica aí o alerta.

O tio da Mackenzie a achou atraente e resolveu que iria pegar o que queria e pronto. Ele não usou a força física e sim a psicológica. Ela não gritou e o tempo todo eu queria que ela gritasse, chutasse e etc., mas depois eu entendi o que ela já tinha entendido naquele momento, que não adiantava fazer nada disso, pois ele era maior que ela e ela estava em um país estranho, em uma casa estranha e totalmente sozinha.



Eu acredito que na cabeça da menina de alguma forma ela estava fazendo algo errado, que aquilo era culpa dela. "Por que você deitou na minha cama?" ela pergunta uma vez para o seu tio, ela não entende, mas sabe que é errado. Que saber o pior de tudo? Ele ainda usa o fator psicológico para fazê-la acreditar que aquilo foi um ato bilateral, como se os dois tivessem escolhido que acontecesse e não que ele, um adulto, tivesse feito a escolha pelos dois. "Você não pode contar para ninguém o que nós fizemos". Não existe um nós, existe uma menina confusa e um adulto doente.

Quando ela decide fugir, tudo o que ela tem são poucos dólares e a vontade de voltar para casa. Ela passa por muitas situações difíceis até que acaba encontrando um companheiro de viagem, que além de dividir a dor da sua perda, lhe mostra que nem todos os homens são ruins como seu tio e que nem todos vão querer o mesmo que ele. 


Apesar de achar muito maluca a ideia de uma adolescente viajar pelo Alasca praticamente sozinha eu gostei de acompanhar essa aventura da Mackenzie, onde ela pôde conhecer pessoas bacanas que a ajudaram sem pedir nada em troca, pessoas que perderam muita coisa na vida e que mesmo assim conseguiram seguir em frente. E o mais importante é que ela fez uma amizade verdadeira com um homem que assim como ela estava perdido.

O final do filme é bem alternativo, fica em aberto o que vai acontecer e resta a você imaginar. Eu não gosto disso nem quando é em um livro então imagina em um filme. Eu gosto de ter certeza do que vai acontecer, pois eu posso imaginar mil cenários, mas prefiro quando não preciso fazer isso e o autor/diretor/roteirista faz o final e eu posso simplesmente aproveitar isso.


texto extraido do link: http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br/2015/06/resenha-wildlike.html


HISTÓRIAS MINIMAS

A visão que a maioria dos brasileiros tem dos argentinos é a da sua capital Buenos Aires, a mais européia de todas as cidades sul-americanas. Histórias Mínimas (2002) começa desmontando esta idéia de que todos os argentinos têm cabelos e olhos claros. María Flores (Javiera Bravo), uma das personagens principais, mostra que não é nada disso. Sua pele é escura, seus cabelos são negros e seus traços são típicos de uma índia. Ela mora num vilarejo na Patagônia e acaba de ser sorteada por um programa de TV. Para participar de um jogo de sorte ao vivo e voltar para sua casa com um prêmio, ela terá de se dirigir até San Julian, onde ficam os estúdios da emissora.

A cidade é destino também de Don Justo (Antonio Benedictis), um homem de 80 anos que espera sua hora bebendo chimarrão e olhando para a estrada à frente da mercearia local, que um dia foi sua, mas hoje é gerenciada por seu filho e sua nora. Um dos motoristas que sempre passa por ali avisa o velho que viu seu antigo cachorro em San Julian. Sem muitas perspectivas por ali, Don Justo começa também sua caminhada até a cidade.

O último deste trio de protagonistas é Roberto (Javier Lombardo), um vendedor que, como um marinheiro das estradas, tem uma namorada em cada porto. Desta vez, os ventos o levam, claro, a San Julian. Uma criança de lá vai fazer aniversário e ele leva um bolo surpresa, como forma de conquistar a mãe. Lombardo é o único ator profissional dos três. Javiera é uma local da Patagônia e Benedictis é um uruguaio de Montevideo e esta foi a primeira vez que ambos trabalharam em frente a câmeras.



O cineasta Carlos Sorín, premiado diretor publicitário argentino, teve esta idéia de não usar profissionais quando filmava uma propaganda que mostraria um pequeno vilarejo em polvorosa com a chegada do telefone. Momentos antes de começar seu serviço, ele olhou em volta e viu que todos os habitantes daquele pueblozito estavam realmente em êxtase com a presença de câmeras e toda aquela parafernália técnica. Sua primeira ação foi dispensar os atores e procurar pessoas da região para o comercial.

Além da síndrome do segundo filme

Histórias mínimas é a terceira experiência de Sorín no cinema. Em sua estréia, La película del rey (1986), conseguiu ir diretamente ao Olimpo e ganhou um leão de prata em Veneza. Em seguida, com co-produção inglesa fez Eversmile, New Jersey (1989), estrelado por Daniel Day-Lewis. O filme foi mal e não chegou a entrar em cartaz nem na Argentina. Em 2002, 13 anos depois de conhecer o fracasso, este Histórias mínimas não apenas lhe trouxe de volta a alegria de voltar ao cinema como a de ganhar prêmios - os mais importantes sendo os do Festival de San Sebástian e o Goya de melhor filme estrangeiro.

O formato do road movie é, segundo Sorín, uma escolha lógica para um filme passado na Patagônia. A região, presente de alguma forma nas três aventuras do diretor pela sétima arte, é cenário perfeito para um filme quase documental como este, pois naquele deserto não há um único lugar que seja perto de onde você está. Por isso, o carro é considerado muitas vezes um bem mais importante do que a própria casa.

É nesta árida estrada que seremos apresentados às duras vidas de María, Roberto e Don Juan, veremos sua interação com outros personagens, descobriremos seus dramas e compartilharemos suas dúvidas. Há humor. Há drama. E, principalmente, há muita realidade em mais este belíssimo exemplar do cinema argentino.

Texto por: 
http://omelete.uol.com.br/filmes/criticas/historias-minimas/?key=23069


Into the Wild


De todos os filmes que mechem com o lado psicológico das pessoas, Sean Penn consegue nos trazer um campeão. Into the Wild (Na natureza Selvagem), lançado nos cinemas em 2007, é um filme que não deixa qualquer pessoa que o assista piscar os olhos. Não existe se quer uma pessoa que acabe de ver esse filme sem tirar no mínimo três lições para sua vida, e uma vontade incontrolável de viver, mas viver no sentido de ser humano, não de máquina do século XXI. E é sobre esse filme nossa resenha de hoje.

“Se admitirmos que a vida humana pode ser regida pela razão, está destruída a possibilidade da vida.”
 Christopher McCandless. Um jovem americano normal que acabou sua faculdade. McCandless, com suas idéias tão revolucionárias, se revolta contra a hipocrisia que vê por parte dos pais, e decide abandonar algumas coisas que o ligam ao mundo materialista em que vive: joga o seu carro em uma enchente, doa seu dinheiro para a caridade, muda o seu nome de Christopher McCandless pra Alexander Supertramp, ou apenas “Alex” mesmo, e resolve simplesmente desaparecer. McCandless traça o Alasca como o seu destino, lugar onde teria uma vida selvagem e natural, algo que ele não encontrava no ambiente em que vivia. McCandless parte então em sua aventura, conhecendo pessoas diferentes, hippies, trabalhando em diferentes lugares quando seu dinheiro acabava. Supertramp coloca-se então em uma luta: mas não dessas lutas comuns atuais contra um mundo capitalista, já que Alex trabalha em um Burger King durante sua viagem, nem contra um mundo comunista, já que o protagonista passa boa parte de sua vida em um acampamento comunitário, mas sim uma luta contra a falta do “ser humano” na sua vida.



Emile Hirsch, que interpreta Supertramp no filme se destaca por sua brilhante atuação do andarilho. O filme contra com a brilhante participação de Eddie Vedder (vocalista de Pearl Jam) em sua trilha sonora, trazendo músicas realmente tocantes, como “Guaranteed” e “Hard Sun”. E o filme é um espetáculo da sétima arte. Com cenários naturais e um clima variável, vemos a realidade de McCandless com uma realidade que Penn passa muito bem aos que assistem ao filme.

O filme, com seus todos os prós e contras (até hoje não conheço os contras), passa para quem o assiste uma vontade de colocar algumas roupas em uma mochila e sair andando pelo país, conhecendo os lugares em que a natureza rege a própria vida e arte. E nos traz alguns pensamentos também sobre alguns temas como a felicidade.

“A felicidade só é verdadeira quando compartilhada.”
O filme nos trás alguns flashbacks narrados por sua irmã, remetendo ao passado de Alex, e podemos ver que ele sente saudades de sua família e das pessoas que o rodeou um dia, mas quando realmente percebe essa lição, o jovem Alex já está em um conflito maior, que envolve o que ocorre no final do filme. E no fim, temos uma afirmação que meche ainda mais com quem assiste o filme: o mesmo é baseado em fatos reais.

As lições passadas em Into the Wild colocam esse filme em uma lista de “filmes que as pessoas deveriam assistir por obrigação antes de morrer”. A história de Supertramp fica marcada na vida de todos que assistem a esse filme, e nos faz lembrar que a natureza pode estar ao nosso lado, e que ainda podemos ser seres humanos.

Rsenha por: http://sobresagas.com/intothewild/





The way - O caminho


Sinopse:

O oftalmologista Tom Avery (Martin Sheen) e seu único filho Daniel (Emilio Estevez) têm uma relação distante. Quando o rapaz viaja para a Espanha para cruzar o Caminho de Santiago de Compostela, acaba perdendo a vida em uma fatalidade. Tom, então, vai até a França para recolher o corpo de seu filho. Chegando lá, ele resolve fazer o Caminho, completando o percurso que Daniel havia começado, levando junto as cinzas do rapaz. Durante a empreitada, ele encontra companheiros que vão lhe mostrar que nenhum caminho deve ser percorrido sozinho.

The Way é um filme que eu recomendo para as pessoas numa idade madura, e para as pessoas que sempre acham que é tarde demais para mudar seu caminho e fazer novas escolhas.
O filme ocorre num dos lugares que mais desejo conhecer, que estava no meu roteiro para a europa que teve que ser adiado: O lindissimo caminho de santiago de compostela, e o mais mágico nisso é que não é um daqueles filmes sobre religião, ou encontro espiritual, mas sim um conhecimento maior de si mesmo... é um filme para mostrar que  você pode enxergar o mundo de outra forma como se permitir a conhecer o mundo,  e que na estrada você nunca está realmente sozinho.
Por experiência própria eu digo que quando se sai para uma viagem ao estilo "mochilão", mesmo que só, nunca se permanece só, você encontra pelo caminho várias pessoas com diversos própositos na mesma viagem, e o filme mostra diversas pessoas, com diversas propostas diferentes, por diversos motivos diferentes.. um rapaz que deseja perder peso para reconquistar o amor da esposa,  uma mulher que deu um basta aos abusos do marido e partiu com a promessa que se livraria também do vicio do cigarro, um escritor sm inspiração em busca do milagre criativo.


Os iniciantes no mundo das viagens sem duvidas aprenderão muita coisa que os ajudarão até mesmo a não cometer certos erros, pois nosso protagonista Tom é iniciante, porém orgulhoso, e está sempre tomando algum aprendizadp depois que seu orgulho saiu perdendo. Os viajantes mais antigos também irão se identificar bastante em lembrar de suas primeiras viagens, dos encontros com pesoas na estrada, as trocas de informações de Guide bookers de outros paises, tudo num cenário lindissimo.


 COMER, AMAR, REZAR


Assumo que eu tive um pouco de preconceito na hora de dar o play neste filme, diferente dos filmes de viagens que eu gosto de assistir, que são mais baseados em mochilões cheios de dificuldade, este foge deste rumo e é um pouco "Fancy", porém acabou me conquistando pelos momentos de filosofias e praticas indianas, voltadas ao budismo.

Sinopse:
Elizabeth (Julia Roberts) descobre que sempre teve problemas nos seus relacionamentos amorosos. Um dia, ela larga tudo, marido, trabalho, amigos, decidida a viver novas experiências em lugares diferentes por um ano inteiro. E parte para a Índia, Itália e Bali, para se reencontrar numa grande viagem de auto conhecimento.

Senhoras e senhores: UM DIA EU PRECISO ESTAR NA INDIA. Seja para apenas para conhecer os locais,s eja para fazer os lendários caminhos espirituais, a india me remete a autod escobrimento e peregrinação! O filme prevém de um livro, é bem chá com biscoito, com direito a romancezinhos, mas os momentos de revelação e auto descobertas vale a pena e nos reconheceremos em muitos deles, o filme é dividido bem em três tempos, o de comer, o de rezar, e o de amar.


Calculo como o tempo de rezar o tempo de nossa protagonista em New york, perdida, de coração partido, e procurando algum sentido para seu trabalho  e vida, onde sentia-se entorpecidade, o tempod e comer veio já no começo de sua jornada em busca de paz interior, na itália, onde o amadurecimento começa a aparecer.
Uma das coisas que achei legal no filme é que no final (não, não vai ter spoiler), é que ele mostra com frases muito boas que não adianta querer seguir praticas e dogmas espirituais a risca, temos que entender seu significado e nos expandir para uma coisa maior, procurar adapta-los aos sentidos, apesar de um romance, e se tratar de viagem para quem tem dinheiro, eu recomendo.



SETE ANOS NO TIBET


 Apesar deste não ser um filme sobre viagem, mas sobre a história de um alpinista que se tornou  prisioneiro de guerra, acabei decidindo colocar ele aqui na rabeira do filme com uma pegada busdista acima, pos com certeza a muitos aprendizados aos amantes de viagem, como as lições de humildade, compartilhamento entre diversos outros ensinamentos, e  a paisagem também é fantástica.

O famoso alpinista austríaco Heinrich Harrer (Pitt), parte em busca do impossível, escalar um dos picos mais altos do Himalaia, o Nanga Parbat. Egoísta, visando somente a fama e a glória, experimentou a maior emoção de sua vida ao embarcar nesta fantástica jornada.
Capturado pelos ingleses, tornou-se prisioneiro em plena 2ª guerra mundial, Harrer conseguiu fugir e sua difícil aventura pelo Himalaia permitiu-lhe um encontro máximo com o jovem Dalai Lama.
Durante sete anos no Tibet, ele viveu a profunda amizade que fez o egoísta Harrer despertar para a mais bela generosidade, um caminho duro, mas extremamente recompensador.
O roteiro, baseado no livro autobiográfico de Heinrich Harrer, narra sua difícil viagem pelo Tibet e seu encontro e amizade com o Dalai Lama, que tinha, na época, apenas 14 anos de idade. Mas não é só isso: Harrer é, na verdade, um poço de egoísmo. Um homem capaz de abandonar a própria esposa na véspera do nascimento de seu primeiro filho com o único objetivo de escalar o Nanga Parbat, um dos picos mais altos do Himalaia - e, consequentemente, a fama. Assim, sua convivência com o Dalai Lama se revela um verdadeiro aprendizado para ambas as partes, já que o Lama quer conhecer um pouco do estilo de vida Ocidental.



O filme centra-se na figura do austríaco que se tornou amigo e tutor do jovem Dalai Lama durante o período em que viveu no Tibete.

Heinrich Harrer (Brad Pitt) é o mais famoso alpinista austríaco. É um sujeito convencido, egocêntrico que coloca em primeiro lugar as suas façanhas, ao ponto de deixar em segundo plano a vida familiar, a esposa, o filho que vai nascer. Sua mulher está grávida, porém seu interesse é escalar o Nanga Parbat, um dos lugares mais altos do mundo, na região do Himalaia.
Harrer é convidado para integrar uma expedição alemã ao topo do Nanga Parbat, um dos montes mais altos dos Himalaias. Harrer aceita, deixando para trás a mulher e um filho.



Onze pessoas de quatro equipes alemães diferentes já tinham tentado chegar a este alto e falharam, morreram durante a missão. Harrer transformou essa conquista em obsessão e estava disposto a tudo para escalar o Nanga Parbat.

O cume acaba por não ser atingido, já que o líder da expedição, Peter Aufschnaiter (David Thewlis), decide parar para fugir de uma avalanche.

Quando os montanhistas regressam ao acampamento, são presos por soldados britânicos e colocados num campo de prisioneiros. Depois de numerosas tentativas de fuga, Harrer e Aufschnaiter conseguem escapar e atingem o Tibete a partir das montanhas indianas.

Quando prisioneiros se organizam coletivamente para a fuga e Henrich depois de ironizar com o plano deles decide ir junto, o alpinista consegue se livrar da prisão. Alguns morrem, outros adoecem e voltam para o campo, mas o alpinista e seu colega Peter Aufschnaiter (David Thewlis) conseguem sobreviver. Depois de muitos sustos e sofrimentos chegam a Lhasa, a cidade sagrada do Tibete, sendo recebidos como peregrinos acabados de realizar um grande feito.
Neste local os moradores vivem em clima de completa espiritualidade. Respeitam a natureza e cada ser vivo do planeta.





Fazem amizade com os tibetanos e Harrer acaba mesmo por conhecer o seu líder espiritual de 14 anos. Rapidamente, Harrer começa a passar cada vez mais tempo com o Dalai Lama (Jamyang Wangchuk), tornando-se seu tutor.

Durante algum tempo, ensina-lhe tudo o que sabe sobre o mundo ocidental, a sua cultura, a língua inglesa.
No final, o filme alarga os seus horizontes, mostrando o brutal domínio que a China exerceu sobre o Tibete durante os anos 50.

Sete Anos no Tibet possui um visual belíssimo. A fotografia de Robert Fraisse, injustamente ignorada no Oscar, é de tirar o fôlego, bem como a direção de arte e a cenografia.

A cidade sagrada de Lhasa, onde o Dalai Lama reside (e na qual nenhum estrangeiro é permitido), é maravilhosa. Aliás, considerando-se que o filme não teve sequer um milímetro de celulóide rodado na Índia, o trabalho da técnica merece reconhecimento ainda maior.

Com belíssimos cenários naturais, magnificamente fotografados, este é um filme que se debruça de uma forma delicada sobre os temas religiosos e mesmo históricos, centrando-se mais na personagem central e no seu crescimento interior, da frieza e arrogância inicial até ao humanismo e bondade no final da jornada.

É, pois, um filme que atinge mais o espectador quando revela a intimidade da relação entre Harrer e o Dalai Lama do que quando mostra o quadro geral da aventura pelos Himalaias. Foi nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Banda Sonora.

O visual do longa é extraordinário. São mais de duas horas de cenários deslumbrantes, exóticos, de rara beleza mesmo. Só este aspecto do filme já confere ao mesmo um charme especial. E a sensibilidade do diretor, o olhar da câmera sobre a natureza fazem de Sete Anos no Tibete um produto de arte.

Sete Anos no Tibete é como um tesouro. Tem beleza, história, política,  cultura e uma grande lição de vida.

Por hoje é só, espero que gostem das dicas, quem tiver alguma dica, pode deixar nos comentários ;)


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